"...Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei o mesmo pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"
Clarice Lispector
Dentre as páginas já amareladas pelos anos, pairando aleatoriamente sobre a superfície do empoeirado papel ali escrito esse poema com uma caligrafia bem mal acabada, no rodapé quase apagado o nome de uma mulher com palavras sensatas e entendimento profundo, hoje leio os textos dela com admiração quase que celestial.
Então comecei a pensar o quanto eu realmente entendia quando transcrevi aquele texto para lá e não obtive resposta, apenas lembranças fortes de um sonho insonhável.
'Lembranças de ir dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.'
2 comentários:
Que profundo e que bom gosto, Clarisse é muito boa escritora. Confesso que tava sentindo falta dos seus posts, nem tava mais vindo aqi. rssss
Muito bem escrito e por ser fã da Clarice Lispector já merece elogios.
Parabéns pelo Blog e assino embaixo como fã.
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